domingo, 12 de outubro de 2008

Aos Setenta Anos

Dia a dia
As portas que se fecham
A mão que acena
À tona de água.

A ruga dessa boca
Sorriu para a morte há quanto tempo?

E os olhos?
Sepultados na Lua não voltaram.

Distante canta a voz
Só porque sei que canta.

Lá fora fica a vida respirada.

Dia a dia
As portas que se fecham.

Sem comentários: